reluziam em tons inocentes, mas, não menos sensuais
tomaram de mim as rédeas de meu corpo,
conduzindo meu norte pra onde fossem levados...
enquanto ela falava, eu observava aqueles lábios,
como criança, a curiosidade me batia:
que sabor teriam? que sensação dariam?
de uma pétala, ou talvez uma seda... não...
decerto uma fruta, atraente, perigosa,
suculenta e macia...
Contribuições Drykah.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
shot #10 persevero vivus
a vida é uma escadaria sem fim
cujo único exercício é a subida...
se continuarmos, crescemos fortes...
se pararmos, estagnamos por atrofia
para viver de arrependimentos
e sentimentos de fracasso.
cujo único exercício é a subida...
se continuarmos, crescemos fortes...
se pararmos, estagnamos por atrofia
para viver de arrependimentos
e sentimentos de fracasso.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
shot #9 bottles & memories
feridas se fecham, angústias se vão
como as memórias daquela noite
que ficaram em cada garrafa vazia,
que ficaram em cada garrafa vazia,
por um curto período, atemporal,
até que a noção volte à tona
e a verdade toque a campainha
e a verdade toque a campainha
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
shot #8 facts, acts & flavors
um camarada de certo tempo
diz seguir bons costumes,
conter sua natureza e desejo,
conter sua natureza e desejo,
comum estereótipo presbiteriano...
pena limitar-se ao ordinário e
nunca poder provar os sabores
nunca poder provar os sabores
das "uvas" italianas e "tâmaras" marroquinas...
"certo e errado" não existe, my friend...
as lembranças são marcas de nossos atos,
e quero guardar as boas e as ruins...
sei que vou me arrepender um dia,
mas só porque a vida é assim tão curta...
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
shot #7 let it flow
uma amiga contou que tem chorado,
que alguém a machucou...
sei que não sou bom conselheiro,
nem tampouco a experiência personificada...
sei, são apenas palavras que digo,
que alguém a machucou...
sei que não sou bom conselheiro,
nem tampouco a experiência personificada...
sei, são apenas palavras que digo,
mas nada vale seu rostinho molhado...
e deixe estar que o amanhã está ai pra viver
fazer esquecer a dor do dia que já se foi...
Dedicado a Ana Claudia Casagrande.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
barely legal
"dezessete", afirmou
sem detalhes menos importantes
afinal não precisei mais que olhar pra baixo...
um copo alcoólico segurado pela boca
próximo a altura de suas pernas
meu olhar, difundiu pelo seu corpo
um reles olhar dos joelhos aos cabelos
que me fez pensar duas vezes
em lhe oferecer um gole de minha bebida
agora... rá... sou um criminoso
não me importei muito, de início,
fitar seus lábios que abriam e fechavam
mas ao passar de alguns momentos
os cabelos loiros cobriam suas bochechas
começaram a chamar minhas mãos
droga!... queria negar o quanto gostei
de perder a primeira investida e de seu desvio...
sem querer ela tornou tudo mais interessante
e agora já não mais queria, precisava,
e sem resalvas,
fiz o que deveria e a fiz querer também
colados, das coxas aos rostos
sentia o gosto etílico saindo de seus lábios
meio tonto, ébrio, a tocava em busca de mais
até a meia noite...
tudo se vai...
pela porta sai...
"anil" seu nome em minha pele,
sob risco transversal
depois de hoje, não te embebedei,
não encostei.
e que o mundo não conheça outra verdade...
"dezessete enganos", pensei... "barely... barely legal"
shot #6 no regrets
arrependimentos não combinam comigo
sou quem sou, não quero e nem sei como mudar
se quiser me ver, me veja sem os óculos da imaginação
não tenha medo e admita que prefere as verdades,
que prefere me tocar do que apenas idealizar
ambos sabemos que inspiração e excitação
têm quase o mesmo valor semântico
sexta-feira, 22 de julho de 2011
black panther
olhe para mim, mas não muito
posso te atacar, quando menos esperar
quando o fizer, não quero saber quem você é
quero apenas que faça, tudo o que eu quiser
tudo aquilo que eu mandar
se estiver disposto a me satisfazer
pois quando eu te pegar não me responsabilizo
nem pelos atos de minhas garras,
nem pelo peso de minha mordida
não costumo ser boazinha, a menos que eu queira
consigo segurar meus demônios sem que perceba,
mas, se gosto de te manter por perto, é pra garantir minha presa
pois, não estou disposta a perder, nem a noite, nem você
não fuja, não corra... será muito pior
o medo não combina com aquilo que gosto,
sou uma pantera, sou negra, sou perigosa,
mas garanto valer a pena, o quanto você sofrer
Dedicado a Camila Vilares (a.k.a. Pantera Negra)
domingo, 3 de julho de 2011
locustidae
o mesmo sol que outrora iluminou o caminho
queima no horizonte me secando os olhos
sei que estou perdido, esperando respostas
como cego, sem rumo, implorando por sentidos
mas se a loucura e escuridão prevalesce
de que me vale isso que idealizo?
pra viver uma mentira fantasiada?
ou acreditar em uma verdade inatingível?
mas a fé que permeia nossos sonhos
invade a mente e traz consigo sorrisos,
sentimentos carregados de uma crença
que deseja mais que qualquer coisa
futuro diferente do amanhã que vivo
sábado, 4 de junho de 2011
shot #5 chocolate with gingerbread
o amor não significa nada se você não se rende,
mas se você se render, prepare-se para a tormenta
dias cinzas virão, junto à sensação de extrema alegria
é paradoxal, mazoquismo, carinho, sofrimento e paz
mas se você se render, prepare-se para a tormenta
dias cinzas virão, junto à sensação de extrema alegria
é paradoxal, mazoquismo, carinho, sofrimento e paz
shot #4 tequila shots
como uma pancada, direto na cabeça
seus olhos, me confundem, me secam a alma
uma ida ao além de suas faculdades mentais
é um giro de tornado, uma infinidade de loucuras
tal como 10 viradas de tequila de uma só vez
seus olhos, me confundem, me secam a alma
uma ida ao além de suas faculdades mentais
é um giro de tornado, uma infinidade de loucuras
tal como 10 viradas de tequila de uma só vez
shot #3 non-senses
ou estou vendo demais
fingindo que não preciso saber,
ou é isso que preciso saber
fingindo que não estou vendo,
ou já estou em demasia álcoolizado
fingindo que não preciso saber,
ou é isso que preciso saber
fingindo que não estou vendo,
ou já estou em demasia álcoolizado
quinta-feira, 2 de junho de 2011
shot #2 hot-cold shot
em noites frias como essa...
edredon sobre o tapete da sala,
uma garrafa de vinho tinto, seco,
Betty Gibbons no meu rádio,
você, eu e ninguém mais...
edredon sobre o tapete da sala,
uma garrafa de vinho tinto, seco,
Betty Gibbons no meu rádio,
você, eu e ninguém mais...
quarta-feira, 1 de junho de 2011
shot #1 shot of emptiness
alí ela está, superficial,
cheia de mágoas e maldades
cultivando alegrias frivolas,
cheia de mágoas e maldades
cultivando alegrias frivolas,
tal como cultiva suas amizades
terça-feira, 24 de maio de 2011
stranger
não há razões, estranha
pra você se apaixonar
se foi somente uma noite,
nós temos que aceitar
"foi apenas sexo"
talvez você deva já saber
pode não ser assim errado
você sentir algum prazer
estava lá, sentada no balcão
à meia luz daquele lugar
josé cuervo, sal e limão
e alguem tocava "piano bar"
falei então, de copo na mão
"posso unir à bebedeira?"
"isso dependerá, amigo,
onde acaba essa brincadeira?"
...
"isso dependerá, amigo,
onde acaba essa brincadeira?"
...
terça-feira, 10 de maio de 2011
disenchanted fantasy
desejos vêm e se vão
ficam, deixando marcas
ficções que não se apagam
enquanto não saciadas
na mente de quem sonhou
o que mexe com a cabeça
ou o que causa torpor,
semeia aqui devaneios
fazem o corpo querer despir
empírico, pro sexo ou o amor
os humanos, freudianos
vestem de suas vontades
com trevas ou batina
seus pensamentos obscuros
sado-mazo como a verdade
e a gloria de se sentir
dominante, e sorrir
por fazer a dor, fazer chorar
nos dá a sensação e a ilusão
de sentir o gozo transbordar
e o delírio que me causa
droga mista, de prazeres
temperada com amarguras
poderoso, alucinante ecstasy
da minha "disenchanted fantasy"
tema por: Mayara Santos
domingo, 1 de maio de 2011
desire
nesses seus olhos negros perco a luz
em um caminho sem estrada ou direção
e aquele desejo por você me conduz
pelas curvas sinuosas de seu coração
entorpecido por seus beijos ardentes
arranhões, apertos que meu corpo adora
sem regras, leis, faixas ou correntes
sempre agora, sempre a mil por hora
segure-se em mim, venha e me acompanhe
siga meus movimentos, segure minha mão
pegue uma taça, encha de champagne
fique louca de prazer, ébria de tesão
e os sentidos estão todos acelerados
até o ínfimo toque, me causa torpor
suas mãos cercando por todos os lados
e meu corpo se envolvendo no calor
impetuosamente todas luzes se apagam
só ouço sua voz soprando em meu ouvido
seus braços me puxando contra o peito...
sensação de ida sem volta ao infinito
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