saquei o celular do bolso a fim de ver as horas,
eram dez e vinte e eu me via no meio de tanta gente idiota
enquanto vagava pelo centro da cidade
moleques que nada lembram minha adolescência
fumando e bebendo (a princípio)
e meninas burras fingindo inocência,
trajando e simulando o meretrício...
coitados...
sendo assim, fui ao único lugar cujo sabor me lembra partes boas do passado:
uma lanchonete pequena de esquina que costumava frequentar...
droga, aquele sanduíche deles continua reduzindo meus dias de vida...
tenho 23 anos, aparência de 30...
quem sabe uma saúde de 40...
e pelo visto preciso parar de ver essa gente escrota,
antes que aquele lanche me mate.